Estão disponíveis ipcm® Ibérica n. 29 e ipcm® LatinoAmérica n. 41

Date: 03/03/2023
Categorias: ipcm
Están disponibles ipcm® Ibérica n. 29 e ipcm® LatinoAmérica n. 41

As revistas para o setor de tratamentos de superfícies e de acabamentos orgânicos e inorgânicos destinadas ao mercado espanhol e português.

Quanto desejo de inovação existe realmente no mercado?

É verdade, os investimentos nunca foram tão numerosos e consistentes como nos últimos anos, também em virtude dos inúmeros incentivos garantidos por praticamente todos os governos europeus para a digitalização das empresas.

No entanto, a dúvida é legítima, principalmente depois de ter sentido de vários lados um desânimo, contido no entusiasmo por uma demanda de mercado, forte já há dois anos e que se confirmará forte pelo menos no primeiro semestre de 2023, apesar de ainda persistirem os boatos de uma crise iminente.

As observações que recolhemos durante as nossas tradicionais reuniões de fim de ano, com alguns protagonistas do setor do tratamento de superfícies, são atribuíveis a duas tendências: pouca atenção ao que existe de novo, mas realmente novo, no mercado, porque geralmente o que conta é conseguir o menor preço possível; pouca propensão para avaliar técnica e detalhadamente as soluções apresentadas, suplantada por uma superficialidade que leva a confiar em qualquer afirmação, sem verificá-la antes de fazer os investimentos.

A primeira tendência é aterrorizante: se o mercado não está interessado em testar, ou pelo menos buscar informações sobre produtos inovadores e fruto de cuidadosa e contínua pesquisa & desenvolvimento, as empresas que realizam essa pesquisa, investindo enormes porcentagens de seu faturamento, estão destinadas a se corromper, porque são desencorajadas por uma demanda irrelevante para o potencial de seus produtos.

A segunda tendência é fruto de uma cultura industrial de setor ainda muito fraca, entre outras coisas. Acho também que se deve ao fato que o limiar de atenção das pessoas está ficando cada vez mais breve. Para a maioria de nós, a cotidianidade se tornou uma rolagem interminável de páginas, imagens e informações breves; atividade que não exige muita concentração, nem muito tempo.

Paradoxalmente, essa atitude também se reflete nas atividades de trabalho.

O meu desejo é que os usuários finais não apenas deixem de focar só no aqui e agora, mas voltem a ter uma visão mais abrangente, muita curiosidade e propensão para a experimentação, uma abordagem mais atenta e estruturada em relação às ofertas.

Só assim poderemos alimentar a inovação, dar vida à pesquisa, apoiar e recompensar as empresas que oferecem produtos e serviços valiosos e, acima de tudo, contribuir para o crescimento do setor.

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