As revistas para o setor de tratamentos de superfícies e de acabamentos orgânicos e inorgânicos destinadas ao mercado espanhol e português.
Depois dos aumentos das matérias-primas que ofuscaram a retomada em 2021, 2022 é, com certeza, o ano das graves consequências do aumento vertiginoso dos preços do gás, não só para as famílias, que se beneficiaram de auxílios governamentais, que atenuaram o impacto deste aumento, mas sobretudo no setor industrial. É só quando vemos a ordem de grandeza da variação das contas dessas empresas entre 2021 e 2022, que podemos perceber o quanto o aumento do gás seja um perigo iminente para a retomada econômica, para o consumo, para a produção.
Fábricas de vidro, indústrias cerâmicas ou de papel, empresas onde os equipamentos funcionam a temperaturas superiores a 1000°C, receberam faturas de energia no valor de centenas de milhares de euros em comparação com algumas dezenas de milhares no ano passado.
A progressão mensal do custo do gás nos últimos meses é em média de 10%, o que tornou os custos industriais insustentáveis, apesar de um claro sinal positivo de encomendas para a grande maioria das empresas. A demanda é alta, a retomada é forte, mas essa corrida da alta do preço do gás é incontrolável, principalmente porque vem acompanhada de uma alta geral dos preços das matérias-primas, dos gases nobres, como o oxigênio, da logística e das embalagens.
Questionar o quanto esses aumentos sejam resultado da conjuntura que viu o fim da pandemia se sobrepor à guerra na Ucrânia e as relativas sanções à Rússia, as tensões entre os EUA e a China e os desequilíbrios do mercado, ou se isso é resultado de especulações que favorecem apenas uma minoria, é legitimo e cada um poderá procurar as suas próprias respostas.
Por outro lado, quanto é viável, em nível tecnológico, para reduzir a dependência do gás, para economizar energia, para reduzir o consumo de recursos naturais, para examinar uma economia circular no setor de tratamento de superfícies pode ser encontrado nas próximas páginas, declinado no setor de produção e acabamento de alumínio para arquitetura e indústria.
Sabe-se que a indústria de acabamento é uma das mais energívoras, ainda mais quando se trata do alumínio que, para ser fundido, extrudado, temperado, envelhecido, mas também pintado, oxidado, sublimado, necessita de processos de alta temperatura.
Reversores, sistemas de recuperação de calor residual, sistemas compactos e dimensionados exatamente para atender às necessidades sem excesso de potência ou produtividade, sistemas para o uso parcimonioso da água e para a sua recuperação são algumas das tecnologias - algumas delas verdadeiramente revolucionárias e patenteadas - que se encontram nesta edição da ipcm®_Ibérica/LatinoAmérica com uma seção dedicada ao alumínio. Um número super rico, que será o protagonista de alguns dos eventos mais importantes do próximo outono, tanto na Península Ibérica, quanto na América Central e do Sul.
ipcm_Ibérica
ipcm_LatinoAmérica